A vida de Max Wilhelm Römer começa na cidade de Hamburgo, em 22 de Novembro de 1878. Filho de Carl Heinrich Wilhelm Römer e de Maria ou Marie Sophia Catharina Römer, foi baptizado na Igreja Luterana de São Pedro, Hamburgo, em 25-12-1879. Conheceu Louise Kätchen Parizot, de origem Javaneza, na Empresa “Ledertechnik Holbe”, para a qual desenhava. Posteriormente, casou com esta jovem, em 24-05-1902, e daí nasceram os filhos: Max Römer (Hamburgo, 20-04-1902/1960); um irmão gémeo (falecido com 8 dias de idade); Anita Kätchen ou Anita Louise Römer (Hamburgo, 6-12-1904/Funchal-S. Martinho, 30-10-1934), solteira, pintora e doméstica; Rolf Reinhold Römer (nascido em Hamburgo a 30-10-1909) e Valeska (Valli) Melati Römer (Hamburgo, 8-1-1911/Funchal, 25-8-1988).Max Römer cumpriu o serviço militar entre 1915 e 1918, na Primeira Guerra Mundial, onde esteve na frente de batalha da Champagne e do Somme (França), na Roménia e na Grécia. Terminada a guerra, e por influência de um amigo dinamarquês, que lhe conta maravilhas da beleza da Ilha da Madeira, decide embarcar no vapor “Curvello” da Lloyd’s Brasileira e rumar a esta Ilha na companhia da esposa Kätchen e dos filhos Rolf, Anita e Valeska. É na Madeira que inicia incessante obra, passando para o papel a imagem e os costumes desta terra, durante 38 anos. Trabalhos seus estão publicados na revista Illustrirte Zeitung, em 25-03-1925, com um número especial dedicado à Madeira e à obra deste Hamburguês, com texto de Emil Franz Gesche, na altura cônsul alemão no Funchal. Habitou em São Roque, Estrada Monumental e, por fim, até à sua morte, na Rua Major Reis Gomes.Os seus trabalhos são uma miscelânea de temas, que vão desde o Palácio de São Lourenço, São Vicente, Porto Santo, Madeira Wine, na Madeira, e, na Alemanha, o Hall do Dresdner Bank, em Berlim, os Paços do Concelho, em Hamburgo e Bremen, e trabalhos para os paquetes “Großer Kurfürst”, “Fürst Blücher” e “Imperator”. Trabalhava com diversos materiais, fossem óleos, desenhos a carvão, guaches, mas foram as suas aguarelas que lhe deram o prestígio que ainda nos nossos dias possui. Fazia trabalhos publicitários para firmas e cinemas funchalenses, cartazes turísticos, postais, cartões de Boas-Festas, etc..O seu falecimento ocorre em 18-08-1960, aos 81 anos. No Funchal, viviam, na altura, a esposa, que veio a falecer com quase cem anos, e a filha Valeska, ao passo que o filho Rolf residia na Alemanha. Em 26-04-1984, a Região Autónoma da Madeira homenageou Rolf e Valeska Römer, tendo, na altura, o seu filho doado à Madeira o património artístico do pai.Trabalhos de Max RömerÉ impossível descrever toda a sua obra, por falta de conhecimentos sobre a mesma e porque os seus trabalhos estão espalhados por diversas partes do Mundo. Ainda há pouco tempo, vendiam-se muitos trabalhos deste pintor alemão numa galeria de arte norte-americana, em leilão. Irei destacar algumas reproduções em formato postal, por serem estes os mais facilmente identificáveis pelas pessoas que precisam apenas de ver o seu “traço” para reconhecerem uma obra de Max Römer.Agradecimentos especiais pelo trabalho de texto publicado, bem como pela sua tradução para língua alemã a Eberhard Axel Wilhelm.(1) (1)Eberhard Axel Wilhelm – Max Römer, postais madeirenses percorrem o Mundo – in Revista Atlântico # 14. Funchal: António Loja. Verão 1988